Saturday, November 05, 2005

Pequenos
Esclarecimentos

Voltei. E voltei porque existem certas arestas que precisam de ser limadas. Para os olhos mais críticos, os meus últimos posts podem parecer os de um indivíduo radical, pior, neo-nazi (contraditoriamente, um nerd, o que pode parecer algo estranho...). Neo-nazi? Radical? Esse tipo de pessoas ocupam o primeiro lugar na minha escala de desprezo (os gunas, os pedintezinhos que podiam trabalhar e toda essa catrefrada de preguiçosos (no mínimo, eu hoje estou a ser simpático e a não usar os meus adjectivos-H) ocupam o segundo). Simplesmente tenho uma visão algo realista e/ou pessimista (depende do ponto de vista, claro) do mundo. Não sou, evidentemente, daqueles que de uma situação algo nacional cria uma piada (tais como o meu amigo chef ou o tal do Gato Fedorento, cujas crónicas, pessoalmente, adoro ler). Sou sério. Por vezes um pouco directo de mais. Mas não, não sou extremista. Mas por vezes a revolta leva o melhor.

Como no post anterior. Não estou, logicamente, a dizer que todos os indivíduos que habitam esses bairros, nomeadamente de ascendência árabe, andam na sua totalidade a provocar aqueles distúrbios. Aliás, como pude comprovar, existem árabes a protestar contra toda esta violência!


No entanto os que estão a produzir isto (e já vão nos 900 veículos incendiados na noite passada, fora as escolas, casas, stands, lojas e até uma sinagoga!) devem ser punidos. E não devem ser tratados de uma forma especial receando os efeitos de um inverso do racismo (foi o melhor que arranjei, não tenho o termo). Devem ser tratados como se fossem franceses caucasianos que tivessem produzido aquilo. De igual para igual.

Se tal não acontecer então não sei... é esse o problema de alguns países (nomeadamente um país chamado França). Coitadinhos, coitadinhos... são minorias (ahm?) discriminados (duplo ahm?) e estão desempregados (porque não querem emprego, habituaram-se a extorquir a Segurança Social e a terem hordes de filhos (não estou a ser racista... isto é um facto conhecido). E depois quem paga? Os naturais, claro. Deu-se exactamente o inverso. A situação da Rosa Parks está longe de ser aceitável, no mínimo. Mas os distúrbios de Paris (que agora se alargaram a Dijon e a Marselha) são igualmente inaceitáveis. Nem 8 nem 80. Nem preto nem branco. Cinzento. 44.

E quando falo de França, podia falar de outra situação qualquer no nosso querido e doido mundo. Claro que há racismo e discriminação. Mas também há o inverso, que é igualmente inaceitável.