Saturday, March 25, 2006

Um bolo com farinha

Este foi o pedido da minha irmã de 3 anos, pois queria um bolo com farinha. O que ela talvez não saiba é que muita gente nesta praia à beira-mar esquece esta redundância. Pois é, nós, portugueses... queremos bolos, sem a farinha. Queremos fazer omeletes... sem ovos. E isso, desde o mais ínfimo membro do povinho ao mais alto político, é um mal comum, e crónico. Simplesmente somos assim, e pronto.

Mas realmente... como é que um bolo pode ser feito sem farinha? (isto partindo do princípio que vocês não são "eles", que percebem a redundância, o que creio impossível, já que estou a escrever em Português...). Eu cá não sei. Mas o português é uma pessoa muito criativa, muito inventiva, e somos capazes de fazer um bolo sem farinha, enquanto que o resto do mundo tem de bulhar pela farinha para ter o bolo. Nós não. Nós, de facto, somos tão superiores a tudo isto que deveríamos dominar o mundo. Mas... não dominamos o mundo. Quem domina, usa farinha. Então, o que quer isso dizer? Violamos as leis do mundo, somos uma cultura completamente à parte, que consegue fazer omeletes sem ovos? Fantástico... acho que o Bill e os amigos deveriam vir mais vezes a Portugal (além de que são recebidos como reis pelos habitantes da província...) já que ainda aprendiam umas coisinhas...

Muito bem, pareço o outro, o do sal da terra, a pregar aos peixes. E talvez seja: mas, a meu ver, e contrariando aquilo que disse há bocado, creio que há gente que consegue perceber que, para haver bolo, têm de ter farinha. A minha irmã percebeu... doutro modo não teria mencionado a redundância. Mostrem vocês também! Não sejam uma corja de imbecis! (imbecis imbecisinhos... daqueles tipos passivos que veêm as coisas chegar, importadas, ficando-nos largas e desajeitadas, e não se interrogam sobre a sua posição no meio de isto tudo)

Sunday, March 19, 2006

Passividade

Bem, a verdade é que realmente já não escrevia aqui há uns tempinhos...
As coisas vão evoluindo, as pessoas mudam, e depois... o vazio. Mas isso vai acabar! Eu vou combater a passividade (que aliás é o título deste post)

Mas isto não é o slogan de nenhum remédio contra a tosse, por isso vamos lá ver: em que situações hoje se deixaram afundar em passividade? É sempre mais fácil deixarmo-nos ir com tudo, mesmo que esse caminho não seja sempre o mais correcto.

No entanto, porque é que eu ando aqui a dizer-vos para não seguirem o caminho mais fácil? Este tipo deve pensar que nós somos masoquistas, ou qualquer coisa do género... Nada mais errado. Porque, sabem, o caminho mais fácil nem sempre é o melhor. Ao deixarem-se ir, ao não lutarem, estão cada vez a afundarem-se mais no lodo.

Lutem. Sejam diferentes. Não importam os preconceitos... esses são para aquele tipo de pessoas que vocês, decididamente, não querem ser... passivos!