Wednesday, November 30, 2005

Happy Mac

Observem a imagem acima com atenção.

Haverá algo mais agradável para o utilizador ao ligar o seu computador pessoal do que ser "brindado" com esta imagem? A meu ver, não. O POST (Power On Self Test), que todos os IBM-PC compatíveis fazem ao iniciar, pode ser muito mais informativo, mas nada agradável de todo. Ora vejamos o que o meu me diz:

Acham que em termos de produtividade com a máquina que nos sauda alegremente irá ser diferente daquela que nos sauda com o POST screen? Eu cá acho. Pode parecer algo coisinho, alguma daquelas coisas que não servem para nada, mas no Mac tudo serve para alguma coisa. Quanto mais não seja pelo valor afectivo que o utilizador tem com o seu computador. Como é que eu posso ter alguma afeição por um computador que diz "Award Modular BIOS v.4.51PG" quando arranca? O Mac, não. Ele sauda-nos, e até pede desculpa se o sistema encravar! O BSOD do Windows é das coisas mais abomináveis à face da Terra, e nem sequer pede desculpa por aparecer! A bomba ainda se suporta...

Infelizmente, tudo tem um fim. E quando o Steve Jobs lançou o OS X, o happy mac desapareceu. Para sempre. Cabe-nos a difícil tarefa de prolongar o legado. E de continuar a fazer aparecer o happy mac nos ecrãs dos computadores Mac (e não só, também no pc com recurso a emuladores).

E claro que também há disto:


Ri-te, ri-te Bob, seu porco roncador, tu praticamente nem exististe... Vais prá prateleira com o Windows Me$r%d#a... E estão a ver como as famosas pregações do Pe. António Vieira surtiram efeito. Mas, ao contrário do santo, que pregava aos peixes, eu prego a CPUs, memórias, discos, Bills, e tais (não sou esquisito, como veêm)

Esperem, esperem. No próximo post... gunas!!! (yupi, já não falava disto há muito tempo).

Já agora, vou ampliar a minha colecção Mac... arranjei um IIci através do Ebay, para tentar ressuscitar o meu que tem a board dead... depois ponho pics do processo no meu site pessoal. Para aqueles que perguntam "O que é um IIci?", aí vai uma pic (e eu hoje estou simpático, senão...)

Sunday, November 27, 2005

O confronto final

Prometo, juro-vos que não vos irei maçar mais com as histórias do Google Fight (pareço um puto). Mas esta promete:



E então? Acho que há aqui alguns que deviam parar com as arrogâncias... e não, quadrado, não comprei o árbitro!

Fiquem bem... amanhã posso não vir com este humor... (teste de Português amanhã... / Grrr... Gramática incluída...)

Saturday, November 26, 2005

Aha! Agora foste!

Quando vi o post do meu amigo e colega Mestre da Culinária sobre o Google Fight, corri a experimentá-lo. Analogamente, coloco aqui os resultados:

Aqui vai a minha inferência lógica:
O STOP screen provoca problemas no Windows (p -> q)
O STOP screen tem mais notoriedade que os Kernel Panics do UNIX, Linux e Mac OS (p)
Logo, os problemas do Windows têm mais notoriedade (logo q)

Modus ponens!!! Querem melhor?

Mais uma razão para mudar de OS - e desta vez (tal como das outras) tenho argumentos o mais válidos possíveis!Bill, esquece. O Jobs é o maior e acho que toda a gente sabe disso. Conseguiste passar a perna ao Torvalds - mas ele está um pouco caído no esquecimento, aposto que se tivesse posto nomes de distros como Fedora, Red Hat, Debian, ou até mesmo Caixa Mágica tu terias ido à vida... tens de melhorar isso Bill... Por ti, pá.

Tenho escrito?

Não, não tenho escrito! E não tenho escrito porquê? Não sei. Ou me fartei (isto é por fases... umas vezes só me apetece vir para aqui disparatar... outras vezes... pronto, é melhor não falar...) ou então não sei. Só sei que senti necessidade de dar uso ao teclado e a este mísero espaço online, onde ninguém vem!

Falando das coisas do mundo e tal, parece que o mundo ainda não está completamente perdido. Enquanto houver petróleo, escravatura na China e pombos “gripe-free” está tudo bem. O mundo pode não ser perfeito, mas o que querem? É o que temos. Acabei por me resignar e constatar que a minha atitude na vida é errada. Eu estou sempre a prever, à espera do que irá acontecer, “será que amanhã a minha escola vai ser alvo de um ataque de gunas enfurecidos?”, ou “será que o Mário Soares vai ganhar as Presidenciais?” (vade retro satanás...). O momento, como bem diz a Vodafone, é agora. Viver o momento. Now.

Ok, isto foi demais. É claro que eu quero saber do que é que se vai passando no mundo, não quero ser mais um ocidental estúpido que só vê “yupi, yupi, posso comprar os meus ténis de marca made-in-china-por-crianças-escravas!” ou “coitado do Saddam, que anda a ser torturado! Vamos libertar o Saddam! (e ainda ganhamos petróleo)”. Temos de ver a outra face. Mas não vou martirizar a minha vida com isso. E não vou exagerar. Já basta o que escrevo aqui!

Já agora, já viram o filme que eu mencionei no post anterior? Hummm, acho que não. Não sei porquê... talvez porque ninguém tenha lido o post anterior? Talvez... Talvez porque ninguém lê o que eu escrevo... dah, muda de vida...

Sunday, November 13, 2005

Elephant

Desde aquele derradeiro post que não cá tinha voltado. Não porque não me interessasse, não porque não tivesse vontade, mas por pura falta de tempo. E também porque tenho renegado este meu blog por uns dias, para deixar assentar algumas ideias (e arranjar outras).

Mas a principal razão para vir cá escrever outra vez foi um filme que vi, ontem. O nome desse filme é aquele que está como título deste post – Elephant. Não me perguntem, depois de eu explicar o filme e as minhas interpretações, o que é que isto tem a ver tudo. Não sei. Mas é como tudo (Português, Gramática, sei lá...) – por vezes não há qualquer relação entre o título, o termo, a casca, e aquilo que é, que existe verdadeiramente, o miolo, as entranhas... (isto está estranho, está...). Voltando ao filme: não sei se alguém aqui já ouviu falar do massacre de Columbine. Não?

Toda a gente sabe que na América (nos Estados Unidos) é possível ter acesso a armas com relativa facilidade (isto já vem do tempo do far-west, dos desperados, etc...). E que nas escolas (secundárias) por vezes existem situações algo humilhantes para certas pessoas... e os jogos de vídeo, combinados com violência, Hitler, fanatismo e alienação, por vezes dão uma mistura explosiva. Foi o que aconteceu em Columbine. Creio que foram dois adolescentes, armados com armas de fogo e explosivos (isso não consigo provar totalmente), que entraram pela escola, e mataram vários alunos e professores, como que se vingassem daquilo que alguns tinham feito, e de outros que eram passivos o suficiente para deixar que aquilo acontecesse... De seguida, suicidaram-se.

O filme que eu vi é bastante análogo. Apesar de ser uma situação indefinida (o nome da escola, os locais, mesmo os nomes são algo vagos), os pormenores, as semelhanças com vários massacres do tipo Columbine são assustadoramente reais. E a realização do filme, o modo como é filmado, como as cenas foram arranjadas, é absolutamente fenomenal. Dá-nos algum background dos assassinos, certas situações que podem ser consideradas sintomas de algo muito sério, não querendo, evidentemente, tornar isso causa do seu comportamento e de certo modo desculpá-los (isso seria o pior que se poderia fazer). Também é interessante a maneira como o realizador (já agora, que falei tantas vezes disto, digo o nome: Gus Van Sant) explora as personagens, que, apesar de isoladas, raramente estabelecerem ligações umas com as outras (não esquecer que é uma escola secundária), e vão participar todas no mesmo drama. Também há uma preocupação em mostrar um pouco a personalidade das personagens, não funcionarem apenas como vítimas, e isso ajuda, quanto muito, a apelar a um certo sentimento de revolta no público.

E digo revolta porque, por muito humilhados, muito renegados que possam ser esses dois estudantes, nunca poderão ter o direito de decidir a vida e a morte de outros. Ao fazerem isso, estarão a destruir futuros, a destruir, no fundo, um ser humano, e ainda para mais, um ser humano inocente, na maior parte das vezes.

Trailer, aqui: http://progressive.stream.aol.com/newline/gl/newline/trailers/elephant/Elephant-700-FF_dl.mov

Normalmente, eu nem sou muito adepto de cinema, (aliás, a maior parte das vezes, os filmes que vejo passam na televisão), mas existem certos filmes que me marcam. E este foi um deles. Recomendo. Quanto mais não seja pela reflexão que lhe vem associada.

Por vezes, existem problemas mais graves que passam por vezes mais despercebidos do que outros menos graves. Esses problemas que eu considero graves, são, aos olhos da sociedade, menores. E depois acontecem estes eventos trágicos.

Deixo-vos com isto.

Saturday, November 05, 2005

Pequenos
Esclarecimentos

Voltei. E voltei porque existem certas arestas que precisam de ser limadas. Para os olhos mais críticos, os meus últimos posts podem parecer os de um indivíduo radical, pior, neo-nazi (contraditoriamente, um nerd, o que pode parecer algo estranho...). Neo-nazi? Radical? Esse tipo de pessoas ocupam o primeiro lugar na minha escala de desprezo (os gunas, os pedintezinhos que podiam trabalhar e toda essa catrefrada de preguiçosos (no mínimo, eu hoje estou a ser simpático e a não usar os meus adjectivos-H) ocupam o segundo). Simplesmente tenho uma visão algo realista e/ou pessimista (depende do ponto de vista, claro) do mundo. Não sou, evidentemente, daqueles que de uma situação algo nacional cria uma piada (tais como o meu amigo chef ou o tal do Gato Fedorento, cujas crónicas, pessoalmente, adoro ler). Sou sério. Por vezes um pouco directo de mais. Mas não, não sou extremista. Mas por vezes a revolta leva o melhor.

Como no post anterior. Não estou, logicamente, a dizer que todos os indivíduos que habitam esses bairros, nomeadamente de ascendência árabe, andam na sua totalidade a provocar aqueles distúrbios. Aliás, como pude comprovar, existem árabes a protestar contra toda esta violência!


No entanto os que estão a produzir isto (e já vão nos 900 veículos incendiados na noite passada, fora as escolas, casas, stands, lojas e até uma sinagoga!) devem ser punidos. E não devem ser tratados de uma forma especial receando os efeitos de um inverso do racismo (foi o melhor que arranjei, não tenho o termo). Devem ser tratados como se fossem franceses caucasianos que tivessem produzido aquilo. De igual para igual.

Se tal não acontecer então não sei... é esse o problema de alguns países (nomeadamente um país chamado França). Coitadinhos, coitadinhos... são minorias (ahm?) discriminados (duplo ahm?) e estão desempregados (porque não querem emprego, habituaram-se a extorquir a Segurança Social e a terem hordes de filhos (não estou a ser racista... isto é um facto conhecido). E depois quem paga? Os naturais, claro. Deu-se exactamente o inverso. A situação da Rosa Parks está longe de ser aceitável, no mínimo. Mas os distúrbios de Paris (que agora se alargaram a Dijon e a Marselha) são igualmente inaceitáveis. Nem 8 nem 80. Nem preto nem branco. Cinzento. 44.

E quando falo de França, podia falar de outra situação qualquer no nosso querido e doido mundo. Claro que há racismo e discriminação. Mas também há o inverso, que é igualmente inaceitável.

Thursday, November 03, 2005

Extremista?! Quem, afinal?

Hoje, observando as desgraças do mundo no telejornal (por vezes, mas muito poucas, também há coisas menos desgraçadas, mas estão a diminuir consideravelmente) fiquei horrorizado com a reportagem que passaram sobre autênticos gangs de delinquentes, nomeadamente de bairros sociais pobres (e de ascendência arábica, mas sobre isso já vou falar). Como é que algo como isto PODE acontecer na França? Quer dizer, ouvir coisas dessas a acontecerem na Argentina (como ouvi) ou no Iraque (que acontecem diariamente) é perfeitamente "normal" (definam normalidade) mas num país fundador da UE?

Mas afinal o que é que aconteceu? Verdadeiros delinquentes incediaram carros, casas, lojas, escolas, atacaram tudo o que viram, e porquê? A história que circula é de vingança por dois elementos de um bairro qualquer, que, aquando de uma perseguição policial, se refugiaram numa cabina de alta tensão e morreram electrocutados. Mas:

  1. A polícia não tem de pagar por isto, porque não matou ninguém (e se matasse também teria legitimidade, já que não acederam à ordem de paragem da polícia)
  2. O povo francês também não, no entanto são os seus carros, as suas casas, os seus negócios que são vandalizados! (enquanto não "evoluir" para pior...)
  3. E este protesto todo, na realidade, não tem como causa principal a morte desses dois. É mesmo uma resposta marginal à carga de policiamento que o governo francês enviou para controlar estes bairros problemáticos (e que agora nem a polícia lá entra);
O resultado deste cocktail de jihad, delinquência, drogas, gangs e armas é isto:

E agora, voltando aos bairros: há bocado disse que a maior parte dos delinquentes são de origem árabe. Para começar: eu não sou racista. Aliás, defendo que no mundo todos nós devíamos viver em igualdade, uns para outros e tudo feliz (completamente utópico...). Mas... não contando com as guerras da reconquista cristã, e com aquelas tretas obscuras da Inquisição (em que foram cometidas verdadeiras atrocidades) a tolerância religiosa e cultural faz hoje parte integrante das sociedades modernas (apesar de ainda estarem um pouco longe do modelo utópico, mas já foi pior...) Mas talvez tenha sido esse o problema dos franceses. Se 8 é inaceitável, então vamos dar-lhes 80! E foi o que aconteceu. E lá veio um enorme fluxo de emigrantes (digam-me se isto está correcto, engano-me sempre com o e(i)migração) que aproveitaram e espremeram o sistema social francês (estou a pegar na França como podia pegar na Inglaterra...), aproveitaram o exagero que foi colocado nas questões raciais e saíram imensamente a ganhar. E agora querem tirar-lhes isso. É o tiras (perdoem-me esta expressão algo infantil, foi o melhor que consegui arranjar). E agora isto. E amanhã outro onze de Março. Ou mesmo outro onze de Setembro.

Soluções? Vou ver se falo de algumas no próximo post... hoje já chega de atrocidades e tristezas no mundo... Triste mundo em que vivemos!

Wednesday, November 02, 2005

O que é que se passa convosco?!

Pergunto eu. Ninguém passa sequer os olhos (já nem digo ler!!!) pelo meu blog... sigh, estou tão sozinho... PORQUE É QUE NÃO VEÊM CÁ?! VOLTEEEEM!!!! (não era para me irritar, mas se tiver de ser...)

Será porque sou demasiado “coiso” em certas e determinadas coisas? Bem, o blog é meu e vai continuar a ser, portanto habituam-se ou sopas. E quanto à sagrada maçã, já disse isto uma vez ao chef e continuo a repetir: não a insultem!! Porque ela é o um dos últimos bastiões da liberdade computacional (juntamente com Linux e BSD... mas esses não vêem numa caixinha toda bonitinha... Se perguntam “E o Windows?” então eu digo-vos: fora. Porque será que toda a gente está tão apanhadinha por esse “sistema” operativo? Grrr... ponham-me um Quad G5 à frente, com o Mac OS X, e eu digo-vos... ;-)

Bah, não me apetece escrever mais. Tou cheio de sono e já fiz os meus sempre presentes TPCs de Matemática... acho. Se quiserem dizer algo, disponham. Mas já sabem: nada de comentários desagradáveis àquilo que nós sabemos!